O Fotógrafo Terje Sørgjerd usou a técnica time-lapse para capturar uma série de imagens da Via Láctea e do céu dos dias 4 a 11 de abril deste ano na montanha El Teide, nas ilhas do Atlântico, para construir um vídeo, que pode ser visto pelo endereço:
Vejam que belo trabalho, o olhar deste fotógrafo sobre a beleza da Natureza.
Mas como exatamente isso é feito? Time-lapse é uma técnica fotográfica utilizada no cinema em que cada frame do filme é capturado em uma frequência muito menor do que a que será projetada. Assim, quando iniciado em uma velocidade normal, o tempo parecerá que está passando rápido nas imagens criando esse efeito maravilhoso.
Em outras palavras, os caras deixam a câmera programada para tirar uma série de fotos durante um determinado tempo, depois coletam essa imagens, juntam elas em sequência e aí acabamos tendo a impressão de que a imagem está acelerada.
Os filmes e vídeos que costumamos assistir geralmente são capturados a uma velocidade de 24, 30, 60 ou mais frames por segundo, a mesma velocidade a qual são projetados. Isso significa que 24 fotografias passarão em um segundo, dando assim uma sensação de movimento aos nossos olhos fiel ao que foi gravado. Quando menos frames são capturados no mesmo segundo, ao serem passados na velocidade padrão do projetor, as imagens parecerão estar aceleradas, criando assim o efeito de Time-Lapse.
A definição de time-lapse é bem ampla, tanto é que filmes antigos que costumavam ter 16 f/s ao serem assistidos em projetores de 24 frames por segundo também podem ser considerados nessa categoria, afinal, a imagem também está acelerada em comparação a sua velocidade original.
Você pode criar agora mesmo um vídeo em time-lapse, basta deixar sua câmera gravando um local bastante movimentando por horas, passar as imagens para o computador e acelerar o vídeo. Pronto! Difícil mesmo é torná-lo uma obra de arte. O método utilizado por profissionais é um pouco mais complexo, eles tiram fotos em um espaço de tempo determinado e depois juntam todas as milhares de fotos formando o filme, assim eles podem passar muuuito mais tempo acompanhando o objeto em foco economizando bilhões de frames e toneladas de bytes que seriam desperdiçados se eles estivessem filmando.
Fonte:
TSOPhotography